18 maio, 2010

Ex-governadora afirma que Robinson Faria está envolvendo questões pessoais com a AL

BRUNO BARRETO
Editor de Política

A ex-governadora Wilma de Faria (PSB), em entrevista concedida ontem à FM 95 de Natal, criticou o presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN), sob o argumento de que ele estaria inviabilizando o governo de Iberê Ferreira de Souza (PSB).

De acordo com Wilma, Robinson Faria estaria levando em consideração questões pessoais ao impedir a votação do aumento do percentual de remanejamento do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 5% para 11%. "Acho que interferiu muito a briga interna que houve, vamos dizer assim, entre o governador e o presidente da Assembleia, Robinson Faria. Isso é prejudicial ao Estado. Nós precisamos esquecer os problemas pessoais, partidários e pensar democraticamente e aprovar aquilo que precisa ser aprovado", frisou.

A ex-chefe do Executivo estadual criticou os argumentos da oposição que tem usado o termo "cheque em branco" para justificar a posição contrária ao projeto. "Não deixa de ser uma questão política porque ficam questionando que é um cheque em branco, mas isso é um absurdo. Como é que o governo vai administrar? Iberê precisa mais 15% de condições de remanejamento para governar. Só veja que ele tem 5%. Garibaldi, quando era governador, tinha 40%, isso continuou acontecendo até o meu governo, que baixaram para 20%", relatou.

A ex-governadora voltou a dizer que não irá desistir de disputar uma das cadeiras do Rio Grande do Norte no Senado para tentar voltar à Câmara dos Deputados. "Tem muita gente querendo que eu desista, mas as pessoas nas ruas querem que eu me candidate. Eu não sou mulher de desistir", acrescentou.

Sobre os concorrentes, Wilma disse que a disputa acirrada que terá com os senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM) faz parte da democracia. Ela também elogiou os adversários, afirmando que fazem um bom trabalho na Alta Câmara Federal.

A pessebista desmentiu as especulações de que teria convidado o ex-senador Geraldo Melo (PPS) para a vaga de suplente na coligação dela. "Não convidei ninguém para a suplência ainda", rebateu.

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