
Presidente
do Senado defendeu maior interlocução com Palácio do Planalto e disse
que chegou a hora de 'esfriar os ânimos' após o período eleitoral - Ed
Ferreira/Estadão
RICARDO BRITO E RICARDO DELLA COLETTA - O ESTADO DE S. PAULO
O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta
quinta-feira, 30, que o governo Dilma Rousseff (PT) precisa dialogar
mais com o Congresso Nacional e negou que o Senado esteja preparando
"pautas-bomba", que gerem mais gastos para o governo federal. Em
entrevista coletiva, Renan disse que chegou a hora de "esfriar os
ânimos" após o período eleitoral, mas destacou que a "convergência" para
uma "agenda nacional" não vai "cair do céu".
"Isso
terá que ser construído por uma boa interlocução. Definitivamente,
precisamos conversar. Essa interlocução precisa estar mais presente de
lado a lado", disse o peemedebista. "Mesmo que as pessoas não concordem
em algumas coisas, elas precisam conversar. Conversar, todos sabem, não
arranca pedaço".
Embora
o PMDB faça parte da coligação que reelegeu Dilma, Renan ressalvou que a
aliança "não significa pensar exatamente igual sobre tudo".
Ele
também negou que o Senado esteja preparando uma "pauta-bomba" em
retaliação a resultados adversos na eleição deste ano. "Temos
preocupação com o equilíbrio fiscal (do País)", afirmou. Apesar disso, o
peemedebista confirmou que a votação do projeto que troca do indexador
da dívida de Estados e municípios com a União será votada na próxima
quarta-feira, 5 de novembro.
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