A cinco dias da convenção que oficializará sua candidatura à Presidência, o tucano José Serra se debruçava anteontem sobre nove currículos para a vice de sua chapa. Os nomes em análise são de DEM, PSDB e PP.
Segundo aliados, Serra nem sequer descarta a indicação do senador Tasso Jereissati (CE). Dono de temperamento forte, mas com votos no Nordeste, Tasso foge do padrão apontado como ideal pelo candidato.
Em conversas que invadiram a madrugada de anteontem, Serra pediu a seus principais colaboradores uma avaliação do perfil dos cotados para a chapa até amanhã, véspera da convenção nacional do PSDB, no sábado.
O prazo foi encarado como um indício de que Serra só deverá anunciar seu vice logo após a convenção. Outro sinal está na disposição de manter o presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ), entre os potenciais vices.
Com um pé no governo federal e prestes a optar pela neutralidade, o PP espera a evolução das pesquisas para decidir seu futuro na eleição.
Até lá, o PSDB investe no PP nos Estados, incluindo Minas, Rio Grande do Sul e Paraíba, na tentativa de viabilizar uma aliança.
O comando da campanha também aposta na recuperação de Serra a partir da semana que vem, quando serão exibidas as inserções do PSDB, para atrair o PP.
A opção por Dornelles não é consenso entre os aliados. Há no PSDB forte defesa pela chapa puro-sangue, mesmo sem Aécio Neves.
Entre aliados de Serra, a torcida é pelo presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), pelo seu trânsito entre os aliados.
Apesar do temperamento inquieto, Alvaro Dias (PR) aparece como um nome que tem boa imagem pública.
O próprio Guerra, no entanto, tem alegado que a indicação de um democrata evitaria tremores na aliança. No DEM, são cotados o deputado José Carlos Aleluia (BA) e o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN).
Embora Agripino tenha um nome consolidado no cenário político, Aleluia é admirado por Serra do ponto de vista técnico.
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